A revista Rolling Stone (Brasil) elegeu os 25 melhores álbuns internacionais de 2009. Tonight: Franz Ferdinand encabeçou a lista. Confira a lista completa e os comentários dos colaboradores da revista.
1. Franz Ferdinand - Tonight: Franz Ferdinand (Sony Music)
Após dois álbuns excelentes, era difícil acreditar que o quarteto escocês manteria o nível. O plano deste disco irrepreensível é não se repetir. A banda lançou mão de batidas eletrônicas e teclados para deixar as faixas mais voltadas para a pista, mas sem desistir das guitarras.
2. Them Crooked Vultures - Them Crooked Vultures (Sony Music)
Lançado no ocaso do ano, depois de muita expectativa, o trabalho deste autêntico supergrupo é uma síntese de várias vertentes do rock pesado e agradou logo de cara. Para isso contou a urgência de Josh Homme, a experiência de John Paul Jones e a segurança de Dave Grohl.
3. Air - Love 2 (EMI)
Nicolas Godin e Jean-Benoît Dunckel voltam às origens. Pela primeira vez produziram seu próprio trabalho e resolveram economizar em instrumentos. Alegre, psicodélico e por vezes ultrassentimental, Love 2 revalida à dupla francesa o título de mestre retrofuturista da música eletrônica atual.
4. Arctic Monkeys - Humbug (Domino/EMI)
O terceiro álbum dos Arctic Monkeys é o retrato de um grupo amadurecido. A produção de Josh Homme na maioria das faixas dá pistas da origem da sofisticação, mas a evolução musical também veio dos próprios rapazes de Sheffield, Inglaterra. Sai a fúria alucinada de antes, entra um maior refinamento.
5. Lily Allen - It's Not Me, It's You (EMI)
Desbocada e às vezes descontrolada, a inglesinha Lily Allen faz sucesso por seus méritos musicais e também por tudo o que apronta em sua vida particular. Lily adora franqueza. Neste seu segundo disco, sobra cacetada para todo mundo, desde seus ex-namorados até o ex-presidente americano George Bush.
6. Leonard Cohen - Live in London (Sony Music)
Ao anunciar que estaria se retirando dos palcos, Leonard Cohen deixou muita gente desesperada e a demanda para assistir a seus shows foi intensa. A plateia de Londres correspondeu. Cohen comandou um coral de 20 mil pessoas e mostrou a categoria de sempre em "Suzanne" e "Ain't no Cure For Love".
7. Black Eyed Peas - The E.N.D. (Universal)
Para os brasileiros, o sucesso não foi novidade. Mas, lá fora, Fergie e companhia não emplacavam um hit há tempos. A mistura de electro-pop com uma pitada de rock, tudo com cara de rádio FM, fez com que eles voltassem ao topo do chart dos EUA. "Boom Boom Pow", "I Gotta Feeling"... a lista de sucessos vai longe.
8. Norah Jones - The Fall (EMI)
Os fãs mais radicais de Norah Jones estranharam este seu novo disco, já que ela deixou de lado a postura de diva do jazz com um pé no country e assumiu uma atitude mais indie e experimental. Norah é uma artista mais inquieta do que se supõe e The Fall se beneficia da produção de Jacquire King .
9. U2 - No Line on the Horizon (Universal)
O 11º álbum de estúdio dos irlandeses não trouxe mudanças radicais. E não houve tentativas de hits fáceis. As referências são antigas, mas o resultado soa interessante: o U2 ainda tem inquietude, algo essencial para uma banda com mais de 30 anos de existência.
10. Morrissey - Years of Refusal (Universal)
Morrissey é um cinquentão, mas não sossega. Years of Refusal é mais um trabalho em que o artista se esforça em dar a seu público algo digno e, na maior parte, acerta o alvo. Letras confessionais e boas melodias são parte de sua fórmula vencedora.
11. Pearl Jam - Backspacer (Universal)
Eddie Vedder e cia. navegam pelo pop, mas é um pop no sentido mais clássico. O disco busca a popularidade sem abrir mão da integridade. Backspacer consegue se equilibrar entre vários momentos distintos. É o Pearl Jam que não quer só continuar, mas também seguir evoluindo.
12. Wilco - Wilco (The Album) (Warner)
O quinto álbum da banda de Jeff Tweedy dividiu opiniões. Embora alguns fãs tenham achado que ele não era tão bom quanto os discos anteriores do grupo, o fato é que Wilco (The Album) cresce de uma forma surpreendente a cada audição. Olhando em retrospecto, é um testamento do ecletismo do quarteto
13. Lady Gaga - The Fame Monster (Universal)
Ninguém pode negar: 2009 foi o ano da excêntrica e exibicionista Lady Gaga. The Fame Monster, que contém o bem sucedido álbum de estreia, The Fame, na íntegra mais uma porção de canções inéditas, consolidou a dominação de Gaga nas pistas e nas paradas de sucesso dos quatro cantos do mundo.
14. Muse - The Resistance (Warner)
The Resistance completa uma espécie de trilogia do apocalipse pós-moderno iniciada com Absolution e perpetuada em Black Holes and Revelations. O disco é a trilha sonora da melhor ficção científica jamais concebida. "Exogenesis", uma sinfonia roqueira de 15 minutos dividida em três atos, coroa este inusitado álbum.
15. Animal Collective - Merriweather Post Pavilion (Domino)
O quarteto norte-americano continua longe de fórmulas fáceis. Se em trabalhos anteriores o Animal Collective recheava canções simples com timbres obtusos e experimentalismos, aqui eles invertem a estrutura das músicas usando instrumentos básicos, tornando-as estranhamente familiares.
16. Neil Young - Fork in the Road (Warner)
Já que George W. Bush não está mais no poder, Neil Young não tem mais que reclamar do governo. Agora o veterano investe em álbuns em que mistura suas raízes musicais com temas automotivos. Fork in the Road tem muito blues, country e southern rock. Em suma, aquilo tudo que Young faz muito bem.
17. Alice in Chains - Black Gives Way to Blue (Virgin/EMI)
Após 14 anos sem lançar um disco de inéditas, um dos sobreviventes do movimento grunge retorna. O vocalista é novo (William DuVall substituiu Layne Staley), mas a atitude é a mesma de anos atrás: o resultado é pesado, honesto e fiel, a ponto de remeter instantaneamente à discografia clássica da banda.
18. Yeah Yeah Yeahs - It's Blitz! (Universal)
Em um disco com uma surpreendente ausência de guitarras, o Yeah Yeah Yeahs conseguiu se reinventar. Mas a banda não abandonou o que é mais peculiar a seu estilo: as letras e a voz sofrida da Karen O continuam guiando o peso, a intensidade e a sujeira das músicas.
19. Regina Spektor - Far (Warner)
Por um certo tempo, a música de Regina Spektor era território exclusivo de uma pequena elite. O segundo disco da jovem cantora e pianista russa radicada nos Estados Unidos é mais comercial e bem acabado. Méritos para os produtores Jeff Lyne (ELO) e Jacknife Lee (U2).
20. The Prodigy - Invaders Must Die (Atração)
Patriarca da nação cibermana, The Prodigy reciclou a própria fórmula para gravar o disco mais bem produzido, coeso e violento da carreira. Faixas como "Take Me to the Hospital" e "Warrior's Dance" remetem a Experience, o álbum de estreia, e às raves do início dos anos 90.
21. N.A.S.A. - The Spirit of Apollo (Anti Records)
O brasileiro Zegon e o americano Squeak E. Clean se superaram. Foram mais de 40 convidados, incluindo aí David Byrne, Kanye West e Tom Waits. O ecletismo de vozes, batidas e samplers garantiu ao CD o status de um dos mais acessíveis álbuns de hip-hop de 2009.
22. Weezer - Raditude (Universal)
Ao mesmo tempo que soa difícil para os fãs de longa data, Raditude é a empreitada mais pop da banda indie por excelência. Esse descompromisso se dá por conta das realizações pessoais de Rivers Cuomo - antes um gênio torturado, hoje um homem realizado e feliz.
23. Bruce Springsteen - Working on a Dream (Sony Music)
É difícil Bruce Springsteen gravar um disco abaixo da média. Working on a Dream é menos solene que seus anteriores, já que não fala de política e da vida do proletariado norte-americano. Amor e romance estão na pauta do disco e tudo é tratado com a dignidade de sempre.
24. Bob Dylan - Together Through Life (Sony Music)
Together Through Life tem o mérito de manter a qualidade e a consistência dos últimos trabalhos de Dylan. O importante é que o veterano bardo foge dos modismos e continua cada vez mais apegado ao folk, country e blues que formataram sua juventude em Minnesota. O uso de acordeão e os timbres acústicos dão um sabor caseiro ao lançamento.
25. Dead Weather - Horehound (Sony Music)
O momento Jack White de 2009 foi o Dead Weather. Ele nunca se afasta do blues e do rock de garagem, mas novos parceiros são sempre bem- vindos, já que trazem ideias frescas para serem misturados a seu caldeirão de referências. Horehound é exatamente isso: um disco que trafega com competência por velhos e novos territórios.
Confira mais detalhes no site da Rolling Stone.
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1. Franz Ferdinand - Tonight: Franz Ferdinand (Sony Music)
Após dois álbuns excelentes, era difícil acreditar que o quarteto escocês manteria o nível. O plano deste disco irrepreensível é não se repetir. A banda lançou mão de batidas eletrônicas e teclados para deixar as faixas mais voltadas para a pista, mas sem desistir das guitarras.
2. Them Crooked Vultures - Them Crooked Vultures (Sony Music)
Lançado no ocaso do ano, depois de muita expectativa, o trabalho deste autêntico supergrupo é uma síntese de várias vertentes do rock pesado e agradou logo de cara. Para isso contou a urgência de Josh Homme, a experiência de John Paul Jones e a segurança de Dave Grohl.
3. Air - Love 2 (EMI)
Nicolas Godin e Jean-Benoît Dunckel voltam às origens. Pela primeira vez produziram seu próprio trabalho e resolveram economizar em instrumentos. Alegre, psicodélico e por vezes ultrassentimental, Love 2 revalida à dupla francesa o título de mestre retrofuturista da música eletrônica atual.
4. Arctic Monkeys - Humbug (Domino/EMI)
O terceiro álbum dos Arctic Monkeys é o retrato de um grupo amadurecido. A produção de Josh Homme na maioria das faixas dá pistas da origem da sofisticação, mas a evolução musical também veio dos próprios rapazes de Sheffield, Inglaterra. Sai a fúria alucinada de antes, entra um maior refinamento.
5. Lily Allen - It's Not Me, It's You (EMI)
Desbocada e às vezes descontrolada, a inglesinha Lily Allen faz sucesso por seus méritos musicais e também por tudo o que apronta em sua vida particular. Lily adora franqueza. Neste seu segundo disco, sobra cacetada para todo mundo, desde seus ex-namorados até o ex-presidente americano George Bush.
6. Leonard Cohen - Live in London (Sony Music)
Ao anunciar que estaria se retirando dos palcos, Leonard Cohen deixou muita gente desesperada e a demanda para assistir a seus shows foi intensa. A plateia de Londres correspondeu. Cohen comandou um coral de 20 mil pessoas e mostrou a categoria de sempre em "Suzanne" e "Ain't no Cure For Love".
7. Black Eyed Peas - The E.N.D. (Universal)
Para os brasileiros, o sucesso não foi novidade. Mas, lá fora, Fergie e companhia não emplacavam um hit há tempos. A mistura de electro-pop com uma pitada de rock, tudo com cara de rádio FM, fez com que eles voltassem ao topo do chart dos EUA. "Boom Boom Pow", "I Gotta Feeling"... a lista de sucessos vai longe.
8. Norah Jones - The Fall (EMI)
Os fãs mais radicais de Norah Jones estranharam este seu novo disco, já que ela deixou de lado a postura de diva do jazz com um pé no country e assumiu uma atitude mais indie e experimental. Norah é uma artista mais inquieta do que se supõe e The Fall se beneficia da produção de Jacquire King .
9. U2 - No Line on the Horizon (Universal)
O 11º álbum de estúdio dos irlandeses não trouxe mudanças radicais. E não houve tentativas de hits fáceis. As referências são antigas, mas o resultado soa interessante: o U2 ainda tem inquietude, algo essencial para uma banda com mais de 30 anos de existência.
10. Morrissey - Years of Refusal (Universal)
Morrissey é um cinquentão, mas não sossega. Years of Refusal é mais um trabalho em que o artista se esforça em dar a seu público algo digno e, na maior parte, acerta o alvo. Letras confessionais e boas melodias são parte de sua fórmula vencedora.
11. Pearl Jam - Backspacer (Universal)
Eddie Vedder e cia. navegam pelo pop, mas é um pop no sentido mais clássico. O disco busca a popularidade sem abrir mão da integridade. Backspacer consegue se equilibrar entre vários momentos distintos. É o Pearl Jam que não quer só continuar, mas também seguir evoluindo.
12. Wilco - Wilco (The Album) (Warner)
O quinto álbum da banda de Jeff Tweedy dividiu opiniões. Embora alguns fãs tenham achado que ele não era tão bom quanto os discos anteriores do grupo, o fato é que Wilco (The Album) cresce de uma forma surpreendente a cada audição. Olhando em retrospecto, é um testamento do ecletismo do quarteto
13. Lady Gaga - The Fame Monster (Universal)
Ninguém pode negar: 2009 foi o ano da excêntrica e exibicionista Lady Gaga. The Fame Monster, que contém o bem sucedido álbum de estreia, The Fame, na íntegra mais uma porção de canções inéditas, consolidou a dominação de Gaga nas pistas e nas paradas de sucesso dos quatro cantos do mundo.
14. Muse - The Resistance (Warner)
The Resistance completa uma espécie de trilogia do apocalipse pós-moderno iniciada com Absolution e perpetuada em Black Holes and Revelations. O disco é a trilha sonora da melhor ficção científica jamais concebida. "Exogenesis", uma sinfonia roqueira de 15 minutos dividida em três atos, coroa este inusitado álbum.
15. Animal Collective - Merriweather Post Pavilion (Domino)
O quarteto norte-americano continua longe de fórmulas fáceis. Se em trabalhos anteriores o Animal Collective recheava canções simples com timbres obtusos e experimentalismos, aqui eles invertem a estrutura das músicas usando instrumentos básicos, tornando-as estranhamente familiares.
16. Neil Young - Fork in the Road (Warner)
Já que George W. Bush não está mais no poder, Neil Young não tem mais que reclamar do governo. Agora o veterano investe em álbuns em que mistura suas raízes musicais com temas automotivos. Fork in the Road tem muito blues, country e southern rock. Em suma, aquilo tudo que Young faz muito bem.
17. Alice in Chains - Black Gives Way to Blue (Virgin/EMI)
Após 14 anos sem lançar um disco de inéditas, um dos sobreviventes do movimento grunge retorna. O vocalista é novo (William DuVall substituiu Layne Staley), mas a atitude é a mesma de anos atrás: o resultado é pesado, honesto e fiel, a ponto de remeter instantaneamente à discografia clássica da banda.
18. Yeah Yeah Yeahs - It's Blitz! (Universal)
Em um disco com uma surpreendente ausência de guitarras, o Yeah Yeah Yeahs conseguiu se reinventar. Mas a banda não abandonou o que é mais peculiar a seu estilo: as letras e a voz sofrida da Karen O continuam guiando o peso, a intensidade e a sujeira das músicas.
19. Regina Spektor - Far (Warner)
Por um certo tempo, a música de Regina Spektor era território exclusivo de uma pequena elite. O segundo disco da jovem cantora e pianista russa radicada nos Estados Unidos é mais comercial e bem acabado. Méritos para os produtores Jeff Lyne (ELO) e Jacknife Lee (U2).
20. The Prodigy - Invaders Must Die (Atração)
Patriarca da nação cibermana, The Prodigy reciclou a própria fórmula para gravar o disco mais bem produzido, coeso e violento da carreira. Faixas como "Take Me to the Hospital" e "Warrior's Dance" remetem a Experience, o álbum de estreia, e às raves do início dos anos 90.
21. N.A.S.A. - The Spirit of Apollo (Anti Records)
O brasileiro Zegon e o americano Squeak E. Clean se superaram. Foram mais de 40 convidados, incluindo aí David Byrne, Kanye West e Tom Waits. O ecletismo de vozes, batidas e samplers garantiu ao CD o status de um dos mais acessíveis álbuns de hip-hop de 2009.
22. Weezer - Raditude (Universal)
Ao mesmo tempo que soa difícil para os fãs de longa data, Raditude é a empreitada mais pop da banda indie por excelência. Esse descompromisso se dá por conta das realizações pessoais de Rivers Cuomo - antes um gênio torturado, hoje um homem realizado e feliz.
23. Bruce Springsteen - Working on a Dream (Sony Music)
É difícil Bruce Springsteen gravar um disco abaixo da média. Working on a Dream é menos solene que seus anteriores, já que não fala de política e da vida do proletariado norte-americano. Amor e romance estão na pauta do disco e tudo é tratado com a dignidade de sempre.
24. Bob Dylan - Together Through Life (Sony Music)
Together Through Life tem o mérito de manter a qualidade e a consistência dos últimos trabalhos de Dylan. O importante é que o veterano bardo foge dos modismos e continua cada vez mais apegado ao folk, country e blues que formataram sua juventude em Minnesota. O uso de acordeão e os timbres acústicos dão um sabor caseiro ao lançamento.
25. Dead Weather - Horehound (Sony Music)
O momento Jack White de 2009 foi o Dead Weather. Ele nunca se afasta do blues e do rock de garagem, mas novos parceiros são sempre bem- vindos, já que trazem ideias frescas para serem misturados a seu caldeirão de referências. Horehound é exatamente isso: um disco que trafega com competência por velhos e novos territórios.
Confira mais detalhes no site da Rolling Stone.
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