Guitarrista do Radiohead já esteve no Brasil
Revelação foi feita em entrevista exclusiva.
O repórter Álvaro Pereira Júnior conversou com exclusividade com o guitarrista do Radiohead Ed O'Brien, na Cidade do México, e descobriu que apesar de a banda nunca ter tocado no Brasil, conhece muito bem o país e a música que se faz aqui.
Dizem que eles não gostam de gravar discos. Não gostam de viajar o mundo tocando. Não suportam dar entrevistas. Mas eles formam uma das bandas mais importantes da história: o Radiohead.
Mais do que uma banda, o Radiohead é um enigma. Como cinco caras tão sem vocação para astros do rock conseguem fazer tanto sucesso? O Fantástico foi ao México para falar com o guitarrista, Ed O'Brien, para saber se eles são mesmo tão estranhos e acabamos descobrindo conexões inesperadas entre o Radiohead e o Brasil.
Com 1,95 metros de pura simpatia, ele é o oposto da imagem cultivada pelo Radiohead. O'Brien revela que viaja com frequência ao Brasil desde 2002.
"Já estive em Salvador, no Rio, em Paraty, São Sebastião", enumera o guitarrista.
Ele conta que um de seus dois filhos se chama justamente Salvador. E que
a paixão pelo Brasil começou pela música.
"Na época do nosso disco ‘OK Computer’, eu estava obcecado por bossa nova. João Gilberto, Tom Jobim... Eles falam muito em saudade e ‘OK Computer’ é um disco sobre isso, sobre não estar satisfeito, sobre querer outra coisa além do que se tem", explica O’Brien.
A conexão com a bossa nova é só nos temas ou também musical?
"Bem que eu queria que fosse, mas somos apenas cinco branquelos da Inglaterra. O clima é outro. Nosso jeito de tocar é muito mais tenso", diz ele.
Ed menciona mais duas paixões brasileiras: Jorge Ben, que ele chama de “O Cara”, e a banda paulistana Ira!, que se separou ano passado.
"Comprei o último disco deles e adorei", conta o guitarrista.
Ed é o mais roqueiro da banda. Pergunto como isso se resolve dentro do Radiohead, já que o líder e cantor, Thom Yorke, tem outras preferências, como música eletrônica.
O guitarrista explica que o Radiohead é a soma de cinco pessoas com interesses diversos, mas que sempre chegam a um consenso. E dá o exemplo daquela que talvez seja a canção mais conhecida do grupo, "Fake plastic trees".
"A gente tinha ido a um show do cantor Jeff Buckley. O Thom saiu emocionado e compôs uma pequena parte vocal. Aí cada um trouxe alguma idéia e o resultado foi esse", lembra O’Brien.
Era o início de uma grande escalada rumo à fama. Quando saiu o disco seguinte, "OK Computer", em 1997, críticos e fãs ficaram de joelhos. Mas o Radiohead entrou em crise por fazer sucesso demais.
"Começaram a dizer que nós éramos a banda mais importante, que tínhamos tomado o lugar do U2. Foi demais para a gente. Também nos envolvemos na parte dos negócios e foi ruim. Entrevistas, promoções sem fim. Quase acabamos", revela.
A duras penas, se mantiveram juntos. Em 2007, lançaram o álbum mais recente, "In rainbows". Com uma novidade: saiu primeiro na internet.
A banda colocava todas as faixas e a pessoa baixava todas as faixas e decidia quanto pagar. Podia, inclusive, não pagar nada.
Ed revela que os italianos foram os mais generosos: 79% pagaram alguma coisa. Já os brasileiros... Só 30% pagaram. E ele ainda brinca.
"Mas eu sempre vou perdoar os brasileiros."
Como se vê, o Radiohead tem hoje um perfil mais tranquilo, diferente da imagem antiga de banda torturada e sem humor. É esse Radiohead que toca no Rio, na próxima sexta-feira, e em São Paulo, domingo que vem.
E Ed O'Brien conta: depois da turnê, vai viajar de carro pelo sul da Bahia, com a mulher e os dois filhinhos. Combinado, então: a gente se cruza no Brasil.
Créditos: Revista do Fantástico
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Revelação foi feita em entrevista exclusiva.
O repórter Álvaro Pereira Júnior conversou com exclusividade com o guitarrista do Radiohead Ed O'Brien, na Cidade do México, e descobriu que apesar de a banda nunca ter tocado no Brasil, conhece muito bem o país e a música que se faz aqui.
Dizem que eles não gostam de gravar discos. Não gostam de viajar o mundo tocando. Não suportam dar entrevistas. Mas eles formam uma das bandas mais importantes da história: o Radiohead.
Mais do que uma banda, o Radiohead é um enigma. Como cinco caras tão sem vocação para astros do rock conseguem fazer tanto sucesso? O Fantástico foi ao México para falar com o guitarrista, Ed O'Brien, para saber se eles são mesmo tão estranhos e acabamos descobrindo conexões inesperadas entre o Radiohead e o Brasil.
Com 1,95 metros de pura simpatia, ele é o oposto da imagem cultivada pelo Radiohead. O'Brien revela que viaja com frequência ao Brasil desde 2002.
"Já estive em Salvador, no Rio, em Paraty, São Sebastião", enumera o guitarrista.
Ele conta que um de seus dois filhos se chama justamente Salvador. E que
a paixão pelo Brasil começou pela música.
"Na época do nosso disco ‘OK Computer’, eu estava obcecado por bossa nova. João Gilberto, Tom Jobim... Eles falam muito em saudade e ‘OK Computer’ é um disco sobre isso, sobre não estar satisfeito, sobre querer outra coisa além do que se tem", explica O’Brien.
A conexão com a bossa nova é só nos temas ou também musical?
"Bem que eu queria que fosse, mas somos apenas cinco branquelos da Inglaterra. O clima é outro. Nosso jeito de tocar é muito mais tenso", diz ele.
Ed menciona mais duas paixões brasileiras: Jorge Ben, que ele chama de “O Cara”, e a banda paulistana Ira!, que se separou ano passado.
"Comprei o último disco deles e adorei", conta o guitarrista.
Ed é o mais roqueiro da banda. Pergunto como isso se resolve dentro do Radiohead, já que o líder e cantor, Thom Yorke, tem outras preferências, como música eletrônica.
O guitarrista explica que o Radiohead é a soma de cinco pessoas com interesses diversos, mas que sempre chegam a um consenso. E dá o exemplo daquela que talvez seja a canção mais conhecida do grupo, "Fake plastic trees".
"A gente tinha ido a um show do cantor Jeff Buckley. O Thom saiu emocionado e compôs uma pequena parte vocal. Aí cada um trouxe alguma idéia e o resultado foi esse", lembra O’Brien.
Era o início de uma grande escalada rumo à fama. Quando saiu o disco seguinte, "OK Computer", em 1997, críticos e fãs ficaram de joelhos. Mas o Radiohead entrou em crise por fazer sucesso demais.
"Começaram a dizer que nós éramos a banda mais importante, que tínhamos tomado o lugar do U2. Foi demais para a gente. Também nos envolvemos na parte dos negócios e foi ruim. Entrevistas, promoções sem fim. Quase acabamos", revela.
A duras penas, se mantiveram juntos. Em 2007, lançaram o álbum mais recente, "In rainbows". Com uma novidade: saiu primeiro na internet.
A banda colocava todas as faixas e a pessoa baixava todas as faixas e decidia quanto pagar. Podia, inclusive, não pagar nada.
Ed revela que os italianos foram os mais generosos: 79% pagaram alguma coisa. Já os brasileiros... Só 30% pagaram. E ele ainda brinca.
"Mas eu sempre vou perdoar os brasileiros."
Como se vê, o Radiohead tem hoje um perfil mais tranquilo, diferente da imagem antiga de banda torturada e sem humor. É esse Radiohead que toca no Rio, na próxima sexta-feira, e em São Paulo, domingo que vem.
E Ed O'Brien conta: depois da turnê, vai viajar de carro pelo sul da Bahia, com a mulher e os dois filhinhos. Combinado, então: a gente se cruza no Brasil.
Créditos: Revista do Fantástico
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