Top 25 Músicas Nacionais de 2009 [por: Rolling Stone Brasil]

A revista Rolling Stone (Brasil) elegeu as 25 melhores músicas nacionais de 2009. Os garotos do Black Drawing Chalks encabeçaram a lista com a urgente “My Favorite Way”, do álbum Life Is a Big Holiday For Us. Confira a lista completa e os comentários dos colaboradores da revista.

1. Black Drawing Chalks - “My Favorite Way”
A melhor canção do rock brasileiro em 2009 é... cantada em inglês. O empolgante hit do quarteto goiano é uma pérola certeira em todos os quesitos: a batida é irresistível. Os riffs esbanjam personalidade. O vocal, agressivo na medida, canta uma letra no limite do nonsense. Com energia e maturidade adquiridas na estrada, o Black Drawing Chalks criou um cartão de visitas digno da mais grata surpresa do ano.

2. Céu - “Cangote”
A voz delicada de Céu fica em segundo plano neste reggae psicodélico cantado em marcha lenta. Entre os versos sussurrados de maneira preguiçosa, se sobressaem as texturas sonoras geradas por teclados, sopros e um baixo sempre marcante.

3. Erasmo Carlos - “Cover”
No ritmo do country rock e sem se preocupar em soar presunçoso, o eterno Tremendão faz uma ode divertida e louvatória à sua própria originalidade. Talvez agora surjam os tais covers de Erasmo, que, segundo ele, inexistem no país.

4. Móveis Colonias de Acaju - “O Tempo”
Melhor faixa de C_mpl_te, segundo disco do grupo brasiliense, que revela de uma só vez todo o potencial musical do octeto: os metais suntuosos, a voz equilibrada e afável de André Gonzales, as pausas precisas e um refrão inesquecível.

5. Pitty - “Me Adora”
Em uma carta-resposta endereçada a seus detratores na imprensa, a cantora evoca a jovem guarda e os grupos vocaiscriados pelo produtor Phil Spector para cometer o refrão mais lembrado do rock nacional em 2009.

6. Arnaldo Antunes - “Invejoso”
Com uma letra recheada de boas rimas e melodia puxada sem pudor para o brega clássico, Arnaldo Antunes descomplica sua música, abraça o pop com carinho e se descobre mais acessível do que jamais foi antes em sua carreira.

7. Cidadão Instigado - “O Nada”
Em uma espécie de ode singela ao desprendimento, Fernando Catatau pontua esta marchinha psicodélica com distorções de guitarra e súplicas desafinadas e desesperadas.

8. Emicida - “Só Isso”
Enquanto descreve suas tortuosas peregrinações pelos extremos diversos de São Paulo, Leandro Roque de Oliveira, o Emicida, revela sutilmente as origens do combustível que resultam em suas rimas exterminadoras.

9. Tiê - “Assinado Eu”
A combinação básica de violão e a voz intimista e convidativa da cantora paulistana ganha profundidade e delicadeza em uma balada sincera que expõe as agruras dos relacionamentos platônicos sob a ótica de uma mulher.

10. Mallu Magalhães - “Bee on the Grass”
Não são poucos os artistas que tentam - em vão - fazer referências aos Beatles, à psicodelia ou ao tropicalismo. Mallu, porém, explora os clichês com criatividade, ousadia e graça ao narrar o passeio despreocupado de uma abelha.

11. Vanguart - “Hemisfério”
Amores não compreendidos e rejeição são temas recorrentes no cotidiano musical. Mas escrever sobre o assunto com sutileza e profundidade é proeza para poucos - Hélio Flanders, porta-voz do Vanguart, consegue.

12. Mariana Aydar - “Beleza”
Para fugir do lugar-comum na música nacional, a paulistana utiliza um criativo jogo de palavras para narrar as práticas do amor, em uma canção carregada de sensualidade e calor feminino.

13. Caetano Veloso - “Incompatibilidade de Gênios”
O samba-desabafo composto por João Bosco e Aldir Blanc é desconstruído por Caetano e a Banda Cê e ganha ares modernos, com uma levada de bateria quebrada e guitarras distorcidas com indisfarçável apelo indie.

14. Lucas Santanna - “Cira, Regina e Nana”
Fazendo uso apenas de violão, sampler e munido de uma letra bem elaborada, o músico baiano presta homenagem às suas musas em uma canção que poderia muito bem estar em um álbum de Jorge Ben Jor.

15. Céu - “Bubuia”
Permeada por uma levada hipnótica e instigante, Céu convoca as vozes de Anelis Assumpção e Thalma de Freitas para, juntas, se deixarem levar pela força da canção. A parceria de impacto cresce, até se tornar apoteótica.

16. Arnaldo Antunes - “Longe”
Arnaldo deixa de lado qualquer relação com o concretismo para entregar uma balada singela e direta, cujo delicado arranjo à moda da jovem guarda faz justiça ao título do álbum, Iê Iê Iê.

17. Ana Cañas - “Esconderijo”
Tal qual um folk ingênuo de trilha sonora de filme norte-americano açucarado, a cantora narra com delicadeza as esperanças geradas por uma nova paixão.

18. Otto - “6 Minutos”
Sob um instrumental denso e soturno, Otto expurga seus medos e demônios pessoais em uma das letras mais doloridas e confessionais de 2009.

19. Lulina - “Balada do Paulista”
Carregando no escracho, a compositora pernambucana enfileira as gírias utilizadas pelos nascidos em São Paulo. Os versos, cantados no ritmo de cantigas, explodem em um refrão carnavalesco.

20. Mickey Gang - “Horses Can't Dance”
O quarteto de Colatina (ES) não tevemedo de soar datado ao permear esta faixade riffs de guitarra e frases de teclado deliciosamente bregas. O resultado cumpre seu intuito: fazer dançar sem culpa.

21. Porcas Borboletas - “Menos”
Menos é mais neste rock quase primitivo: levado por baixo e bateria minimalistas e conduzido por uma letra de cunho existencialista, remete aos áureos momentos do BRock dos anos 80.

22. Romulo Fróes - “Para Fazer Sucesso”
Ironia é a palavra de ordem nesta balada quebrada que abre o lado mais sambista do disco de Fróes: uma carta de intenções ao avesso sobre as concessões que os artistas são obrigados a fazer.

23. Móveis Coloniais de Acaju - “Adeus”
A canção mais inusitada já gravada pela big band de Brasília se afasta ligeiramente do tradicional ritmo de festa: o clima é de despedida, e a letra homenageia os fãs, sempre tão participativos nas concorridas apresentações ao vivo.

24. Júpiter Maçã - “Modern Kid”
Flávio Basso esquece a psicodelia que marcou seus trabalhos mais famosos e aposta em um glam-rock suingado que poderia perfeitamente fazer parte da trilha de um filme de Quentin Tarantino.

25. Wado - “Pavão Macaco”
Destoando do clima afoxé que permeia seu quinto disco, Atlântico Negro, Wado resume em uma balada de lamento a solidão proporcionada pelos relacionamentos interpessoais no mundo moderno.



Confira mais detalhes no site da Rolling Stone.

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