Votação da PEC adiada para o dia 28/10/2009, quarta-feira que vem *

Ontem passei um dia longo em Brasília, junto com muitos outros artistas e representantes da indústria da música, tentando fazer com que a PEC da Música tivesse sua primeira e dificílima vitória. Mas no final ficou um gostinho amargo - apesar das ótimas perspectivas. A votação, por conta dos inúmeros assuntos que deveriam ser tratados ontem, acabou ficando para tão tarde que não tinha o número de deputados suficientes que nos garantisse a vitória. Em casos de Emenda Constitucional são necessários 3/5 do total dos deputados (308). Duas vezes. Ou seja, se ganhássemos teríamos outra votação igual para vencer, se perdêssemos seria o fim do sonho. Melhor adiar e esperar uma oportunidade melhor.Ficamos agendados para o dia 28, quarta que vem.

Foi um dia bastante comprido a atarefado. Levantei às 5:00h da manhã para pegar o vôo das 7:00h. No aeroporto me encontrei com George Israel e Liebert dos Fevers. Tico Santa Cruz deveria ir conosco mas teve seu carro arrombado na noite anterior e não conseguiu pegar o vôo.

No caminho para a Câmara dos Deputados pegamos Carlos de Andrade, o Carlão, da ABMI – Associação Brasileira de Música Independente – , Fernando Vieira – responsável pela Festa Nacional da Música e grande articulador da PEC –, Fagner e Pepeu Gomes.

Foi chegar lá e começar uma procissão entre gabinetes de deputados, lideranças etc. Quando fomos visitar o líder do PT tivemos nossa primeira má notícia: não era provável que nossa iniciativa fosse votada naquela sessão porque havia muita coisa a ser resolvida no dia, sendo que duas eram prioritárias e poderiam trancar a pauta. Até então ninguém havia aventado a possibilidade de não sermos atendidos. A partir daí a campanha se tornou ainda mais intensa e fomos recebendo reforços como Frejat, Sandra de Sá, Tico Santa Cruz, Digão dos Raimundos, Rosemary, Margarete Menezes, Diego Figueiredo, Diego do NX Zero, duas duplas sertanejas, Fábio do Tchê Guri etc.

Nos dividimos em grupos e continuamos fazendo pressão. A partir do momento em que começou a sessão, só nos restava ficar no salão do tapete verde para marcar presença. Tivemos o apoio de inúmeros deputados e lideranças, todos afirmando que, se a votação acontecesse num horário razoável, nós ganharíamos, porque nossa causa era muito mais que justa.

Bem, as horas foram passando e a sessão se arrastando. Meu vôo era às 8:55 e tinha que sair para o aeroporto até às 7:15. Um pouco depois disso saímos sem ter a menor noção do que ia acontecer. Antes de embarcar liguei para o Carlão que estava animado. Pensei que quando chegasse no Rio teria uma boa notícia. Aterrissando, telefonei para Brasília mas nada tinha mudado. Chegando em casa liguei a TV Câmara e a discussão ainda era sobre Bombeiros e militares. Uma e tanto fui dormir sem notícias, mas já pressentia o que ia acontecer.

Hoje ao acordar tinha uma mensagem no meu celular dizendo que a votação tinha sido adiada por falta de quorum. A luta continua!

* Relato por Leoni

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