Lê Almeida - REVI 'EP' (2009)

Toda mutação tem seus efeitos, até setembro de 2008 Lê gravava seus roques a partir de um Microfone de computador, sem mesa de som e afins. Depois de umas novas e legais amizades por causa das viagens lo-fi, Lê ganhou duas mesas de som e de outubro em diante os roques foram todos capturados pelas mesas com um microfone (quase) apropriado.

Na gravação do EP REVI Paulo Casaes (que também produziu o disquinho junto com Lê) tocou sintetizador e minimoog, ampliando ainda mais o fascínio pelo teclado e seus ascendentes que começou a ser maquinado no EP anterior Loufailândia (2007) e no compacto Querida Deal (2008), Michelle Barboza e Evandro Fernandez fizeram as palmas adicionais em duas canções.

A definição simplista para o EP pode ser a seguinte: 2 canções pseudo folk psicodélicas, 1 canção Roque-soul pesadinha e mais 5 roques de guitarra.

O disquinho foi todo gravado entre outubro de 2008 e abril de 2009 no quarto/estúdio interestellar lo-fi, exceto pelas participações de Paulo, gravadas todas em seu próprio estúdio caseiro.

O nome REVI veio do Heavy Metal pra dar uma descontraída (zuada) no termo e fazer uma referência as guitarras pesadinhas e sujas do disquinho (não muitas!), a capa é total influência das colagens feitas por Robert Pollard (Guided By Voices).

"Canção pro Beto Guedes" é uma dedicatória retrô daquelas onde não se espera nada de volta, talvez só um sorriso de leve; "Nunca Nunca" é um Roque meio verdade meio mentira sobre as ausências sentidas que as vezes nem necessárias são; "Curso de Datilografia" faz referência aos tortos tempos onde as letras realmente bonitas saiam das maquinas de escrever e das pessoas que faziam o tradicional curso; "Hardcore Experiência" retrata as expectativas sobre as noites violentas que habitam os finais de semana; "Procuro um Sono" diz como a insônia é uma praga; "Vôo na Sexta" expressa uma primitiva alegria de uma sexta cheia de oportunidades pra uma diversão tanto com um amigo ou uma guria ideal ao lado; "Eu Não Vou Acreditar" é uma canção de raiva dedicada a um amigo que vacila mais ainda sim continua sendo um bom amigo; "22 Anos" é uma ode a idade do maluco, onde o ápice da juventude aflora e não para mais.

Lê além de ter seu próprio selo, Transfusão Noise Records, onde lança bandas de amigos e outras de sonoridades Roqueiras e legais (além das suas: Coloração Desbotada, Tape Rec e Uma Nova Orquídea), também faz parte do selo indie carioca Midsummer Madness. Em Janeiro de 2009 um de seus Roques (Agente Pensa) foi lançado em uma compilação nos EUA em Nebrasca pelo selo indie Series Two Records.

Lê participará esse ano do primeiro tributo brasileiro ao Guided by Voices organizado por ele mesmo e contando com a benção do próprio Robert Pollard com a cover de King And Caroline.

Das influências consumidas estão Apples in Stereo, Built to Spill, Neil Young, Guided by Voices, Beulah, Tobin Sprout e Hallo Benders além dos vastos dias ensolarados do Rio de Janeiro acompanhado da pessoa ideal.

O primeiro EP Loufailândia lançado em 2007 foi considerado um dos cinco melhores EPs por Fernando Rosa do Senhor F. Loufailândia também esteve entre os melhores EPs na enquête da Trama Virtual por Fernando Kaida do Programa Pop Link.

Em 2008 em função de suas gravações, Lê fez uma apresentação/palestra em São Paulo (Araraquara) em torno da estética de gravações caseiras (leia-se lo-fi) com microfone de computador sem mesa de som e ligado direto no PC,demonstrando ao vivo como é fácil e legal gravar Roque dentro de casa. [RELEASE]

Lê Almeida - REVI 'EP' (2009)

1. Canção pro Beto Guedes
2. Nunca Nunca
3. Curso de Datilografia
4. Hardcore Experiencia
5. Procuro Um Sono
6. Vôo na Sexta
7. Eu Não Vou Acreditar
8. 22 Anos

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Links:
myspace.com/lealmeida
mmrecords.com.br/200905/le-almeida/
transfusaonoiserecords.blogspot.com

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