Já faz muito tempo que venho sonhando com o surgimento de uma banda que não trouxesse em seus planos a mediocridade apelativa na busca pelo sucesso fácil. Acho que meu sonho se realizou…
Não vejo no Seychelles, de jeito nenhum, as famigeradas mãozinhas para cima, os gritos de “aí, gente!” e outras atitudes que me afastam cada vez mais do que as rádios insistem em chamar de pop-rock. Ao ouvir o álbum nananenen, um público com certa inteligência e inapto às armadilhas populistas (que reúnem rock, axé, pagode e sertanejo no mesmo saco de gatos, feitos sob encomenda aos jabás, shows de rádio e especiais de TV) descobrirá uma intensa fonte de criatividade e personalidade.
Logo na primeira faixa, “Funcionário Padrão”, ouvimos um ótimo rock com belos overdrives da guitarra perfeita, mas nunca exibicionista, de Fernando Coelho, a voz de Gustavo Garde com um delicioso sotaque paulistano a lá anos 70 e afinação perfeita, o baixo extremamente atuante, autêntico e corajoso de Renato Cortez e a bateria de Paulo Chapolin, que às vezes simplesmente conduz, mas às vezes também se expressa como um instrumento de frente, como se os tambores cantassem ou solassem.
Todos esses elementos estão integrados a partir de um sutil senso de humor e uma narrativa apurada. Em sua composição “No caminho de Shangri-la”, Gustavo cria uma interessante harmonia entre rock e língua portuguesa, tarefa nada fácil. As letras também chamam a atenção – que bom uma banda de jovens nos levar ao dicionário para descobrir o significado de palavras como tégula, diáspora e outras.
Já a canção “Poperô “, pulsante em um belíssimo 4×4, mostra o que a música eletrônica trouxe de volta ao rock: a característica de ser dançante. Aqui, o baixo passeia como um sintetizador subvertendo as intenções. É um dos momentos do disco em que a música realmente “dá barato”.
Para finalizar, amarrando todas as outras faixas, o Seychelles traz em nananenen algo de retrô, quase inconsciente, que ajuda a manter acesa a chama metropolitana, urbana e underground do rock.
(Release por Edgard Scandurra do Ira!)
Seychelles, NANANENEN, 2008
1. Funcionário Padrão [MP3]
2. Ansiedade E Obsessão [MP3]
3. No Caminho De Shangri-lá [MP3]
4. Poperô [MP3]
5. Seremos Nós A última Geração De Humanos Sobre A Terra [MP3]
6. Vênus Sharapova [MP3]
7. Scaramu [MP3]
8. Asa Do Dia [MP3]
9. Sanguessuga [MP3]
10. Meu Irmão é Louco [MP3]
11. Punk Modinha [MP3]
12. Poder Para O Povo [MP3]
13. Hollywood [MP3]
| DOWNLOAD (álbum completo)
| DOWNLOAD via Mondo 77 (faixa a faixa)
Site: sey.art.br | myspace.com/seychellesss
Seychelles's CDs & MP3s: BuscaPé • MercadoLivre • Submarino • Amazon • CD Universe • Insound • 7digital
Não vejo no Seychelles, de jeito nenhum, as famigeradas mãozinhas para cima, os gritos de “aí, gente!” e outras atitudes que me afastam cada vez mais do que as rádios insistem em chamar de pop-rock. Ao ouvir o álbum nananenen, um público com certa inteligência e inapto às armadilhas populistas (que reúnem rock, axé, pagode e sertanejo no mesmo saco de gatos, feitos sob encomenda aos jabás, shows de rádio e especiais de TV) descobrirá uma intensa fonte de criatividade e personalidade.
Logo na primeira faixa, “Funcionário Padrão”, ouvimos um ótimo rock com belos overdrives da guitarra perfeita, mas nunca exibicionista, de Fernando Coelho, a voz de Gustavo Garde com um delicioso sotaque paulistano a lá anos 70 e afinação perfeita, o baixo extremamente atuante, autêntico e corajoso de Renato Cortez e a bateria de Paulo Chapolin, que às vezes simplesmente conduz, mas às vezes também se expressa como um instrumento de frente, como se os tambores cantassem ou solassem.
Todos esses elementos estão integrados a partir de um sutil senso de humor e uma narrativa apurada. Em sua composição “No caminho de Shangri-la”, Gustavo cria uma interessante harmonia entre rock e língua portuguesa, tarefa nada fácil. As letras também chamam a atenção – que bom uma banda de jovens nos levar ao dicionário para descobrir o significado de palavras como tégula, diáspora e outras.
Já a canção “Poperô “, pulsante em um belíssimo 4×4, mostra o que a música eletrônica trouxe de volta ao rock: a característica de ser dançante. Aqui, o baixo passeia como um sintetizador subvertendo as intenções. É um dos momentos do disco em que a música realmente “dá barato”.
Para finalizar, amarrando todas as outras faixas, o Seychelles traz em nananenen algo de retrô, quase inconsciente, que ajuda a manter acesa a chama metropolitana, urbana e underground do rock.
(Release por Edgard Scandurra do Ira!)
Seychelles, NANANENEN, 2008
1. Funcionário Padrão [MP3]
2. Ansiedade E Obsessão [MP3]
3. No Caminho De Shangri-lá [MP3]
4. Poperô [MP3]
5. Seremos Nós A última Geração De Humanos Sobre A Terra [MP3]
6. Vênus Sharapova [MP3]
7. Scaramu [MP3]
8. Asa Do Dia [MP3]
9. Sanguessuga [MP3]
10. Meu Irmão é Louco [MP3]
11. Punk Modinha [MP3]
12. Poder Para O Povo [MP3]
13. Hollywood [MP3]
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